quinta-feira, 12 de setembro de 2013

A quatro mãos

Passo,
não sei se esqueço
daquele tropeço
que me afastou de ti
Se bem me lembro
não tinha ninguém ali
pra me amparar
com um abraço

Só sei que essse
bem estar passado
não é seguro de futuro alegre
mas sim de sonho escasso.

Sigo adiante catando cavaco
pra fazer um samba
sobre esse descaso
que separou pena e papel

E me coloco de réu
acusado de assassinato
da poesia que nós fizemos
a quatro mãos.

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

você escreve literatura

você toma uma cachaça
você trepa a noite inteira

você pede que a cidade pare
você implora que o barulho ensurdeça

você pede pra que não acabe
mas não sabe que não tem começo

você implora pra que não tenha fim
mas não sabe que não tem começo

não sabe que não tem começo.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

http://www.youtube.com/watch?v=jw-NE5o5dW4

o trem vem, o trem passa
a vida escassa continua
nas ruas, nas praças
em rebanho, multidão

as massas nas missas
buscam redenção

o céu se agita
com alguma oração

conjurando fantasmas
que rondam prédios, colégios, cemitérios...

fazem as festas
em invisíveis revoluções.