segunda-feira, 19 de julho de 2010

Prólogo


Eu era sonho e cem vezes acordei.
Na madrugada do dia 7 de agosto de 1989 o advogado criminalista Júlio Castilho adentrou os portões do complexo penitenciário que fica no distrito de Oirapuia – a trinta quilômetros da cidade de Mantosos –  para visitar seu cliente, o prisioneiro Joel Freire, acusado de homicídio.
O preso acordou de seu sonho em que era o advogado criminalista chamado Júlio Castilho para se surpreender sendo apenas um nome escrito na carta enviada por Maria Félix das Dores à sua irmã, Matilde Félix Fernandes, contando do amor que sentia por aquele homem que nunca tinha visto e só conhecera de ouvir falar.
Por mais que não se saiba nada sobre os eventos relatados acima, tomaram parte deles o carcereiro Antônio José das Flores e o carteiro Giusepe Farias, mas nenhum deles pode dar testemunho a favor da veracidade desses fatos uma vez que nem um nem outro tinham acesso às informações contidas nas cartas ou nos sonhos dos presidiários. Ele eram apenas os guardiões de um mistério que, apesar de não ter começo, tem seu fim planejado para o dia 13 de março de 2001

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