quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Por qué se suicidam las hojas cuando se sienten amarillas? - Pablo Neruda

Nesta tarde as folhas não caíram. Mantiveram-se poucas, mirradas, nas árvores semi-peladas pelo outono. Quanto menos folhas equilibradas nos galhos, mais se sentiam solitárias e desamparadas, sentiam vontade de pular para encontrar suas irmãs no chão. Mas não nessa tarde, aguentaram-se bravamente ao vento frio. Sua vontade de beber mais da seiva era tão grande que se tornavam um fardo mesmo para sua mãe que a essa época do ano já não tem mais tanto leite para compartilhar.

Ela, sem saber porquê, perdia seus cabelos.

2 comentários:

Érika Amaral disse...

"Que é pra ver se você volta / que é pra ver se você vem / ... pra mim"


Liev. Natal, isso talvez não signifique nada, mas tem um brilho forte que acende e conforta, é uma tentativa mútua de harmonizar, faz feliz. Eu fui, não pude nem mesmo te ouvir as últimas palavras, lamento e me envergonho por ter te interrompido, e quero, ainda, o teu bom sono, que insisto em pensar que não atrapalho, apenas cuido. E eu quero tanto que você acorde contente, satisfeito, e quero tanto ainda que pense em mim sem ódio, como temo que é o que acontece agora. Se fui indelicada em qualquer momento, me desculpe, outro desejo meu era o de te ter aqui, e pior, de ter aqui mesmo, pra segurar a mão e ouvir os raios luminosos que fogem pro céu. Esqueço que são de mentira, queria que fossem cometas. Sonhe, meu Liev, eu te espero.
Sobre o nome, é o entre aspas do início. Bom Natal.

Érika Amaral disse...

(Mas deus, quem é que pode te deixar sozinho? Eu te roubo pra mim)